segunda-feira, 18 de agosto de 2014



Dia 22 de Agosto é o dia nacional do folclore, então em homenagem a esse dia de cultura e muito mistério, fiz uma lista de pequenas lendas que são um tanto quanto curiosas.

Os olhos do gato:



Certo dia havia chegado um médico novo em um pequeno interior, as pessoas estavam deslumbradas pelo fato de haver boatos de que esse médico fazia milagres extraordinários. Então, certo dia, em seu consultório chegou uma multidão ao encontro do médico e o desafiou a curar um cego, se ele fizesse isso ia ganhar o domínio de toda cidade... O médico que não era bobo, aceitou sem medo. Então pediu para que as pessoas se retirassem de lá para que ele pudesse fazer a cirurgia do homem. Tudo estava ocorrendo bem, o médico havia removido o olho do homem e os colocado em um vasilhame de barro enquanto dava continuidade ao procedimento cirúrgico, porém, tinha um gato preto muito magro e faminto dentro da sala e ninguém havia notado sua presença.
  Enquanto ele estava distraído o gato sem pensar duas vezes pulou no vasilhame e comeu os olhos do homem. O médico assim que viu ficou desesperado pois ele tinha certeza que a população ia irar-se contra ele e iam expulsa-lo da cidade, mas ele teve uma ideia que a principio se parecia muito boa. Desesperado ele matou o gato e arrancou seus olhos para colocá-los no homem. Tudo parecia bem, o homem estava enxergando e ele estava quase ganhando o domínio da cidade, até passar um rato e o homem correr loucamente atrás do rato e estassalhar o inocente brutalmente com os dentes.
   As pessoas ficaram horrorizadas com o acontecido e expulsaram o médico de lá o acusando de bruxaria e rituais satânicos... Mas e o homem? Bom, dizem que ele fugiu para a mata e ainda vive lá até hoje comendo ratos e pequenos animais para sobreviver. 

O lobisomem da pedreira:



  Havia um homem que morava em um bairro chamado pedreira, ele vivia reclamando da sorte e que não conseguia arrumar namoradas. Até que um dia de tanto reclamar apareceu um ser coberto por um pano preto e que se recusava a mostrar a face (sim é ele!) mas que prometeu ao homem muita sorte e todas as namoradas que ele quisesse, mas em troca teria que virar um lobisomem toda sexta-feira. O homem hesitou um pouco mas logo aceitou o pacto pois era tudo o que ele queria na vida.
  No bairro da pedreira era costume todos jogarem dominó todos os dias a noite, e alguém teve uma ideia de fazer um campeonato de dominós, mas o critério era competir em duplas. O homem conseguiu uma dupla sem fazer muito esforço pois sua sorte já estava muito famosa no bairro. Então os jogos começaram em uma sexta a noite, mas de meia-noite ele sumiu pois teria que se tornar lobisomem nesse dia, e seu parceiro desconfiado decidiu deixar essa passar.
  Os dias foram se passando e eles estavam ganhando todas as partidas sem o mínimo esforço, o campeonato tinha levado um mês para chegar a final e coincidentemente era outra sexta a noite. Distraído com tanta festa, esqueceu-se da hora e já se passavam de meia-noite. Quando chegou sua vez de jogar ele paralisou e desmaiou sobre a mesa, todos ficaram curiosos sem saber o que fazer, o homem começou a ganhar formas estranhas e se debater sobre a mesa, primeiro vieram as garras, depois os pelos, depois orelhas pontudas, e depois uma força de se assustar. Todos ficaram horrorizados e a esse ponto "SALVE-SE QUEM PUDER". Logo começou a gritaria e uma correria horrorizante, pessoas foram mortas pisoteadas enquanto a besta devorava o resto, em seguida deu um uivo amedrontador e saiu correndo pela cidade e nunca mais se ouviu falar do homem novamente.

Dei-me meu anel:




  Dizem que essa história surgiu quando uma bela moça faleceu, e seu último pedido foi ser enterrada com o anel que ela mais gostava. No enterro todos estavam tristes pois a moça era muito querida por todos, mas havia uma prima que estava de olho no anel e nem disfarçava sua vontade incessante de te-lo em suas mãos, ela invejava sua prima desde quando ela ganhou o anel como presente de quinze anos e estava disposta a fazer tudo para consegui-lo, até desenterrar o corpo se fosse preciso.
  Já estava na hora do corpo ser enterrado, todos estavam se despedindo inconformados com o acontecido, mas a mulher já tinha arquitetado seu plano para furtar o anel. O enterro chegou ao fim, aquela tarde triste acabou, e logo veio a noite. Não demorou muito e o portão do cemitério fez aquele barulho de porta velha e cansada. Era a mulher entrando para roubar o anel. Sem medo de nada ela foi direto para onde a prima foi sepultada, mas, quando chegou lá teve uma surpresa, uma voz gritou extremamente alto "É MEU!!", pensando que a mulher estava viva saiu correndo e não voltou mas ali. 
  Porém era apenas o coveiro que também estava de olho no anel e havia cavado para rouba-lo. O coveiro guardou o anel e fechou o cemitério, quando se preparou para ir embora subindo na bicicleta, viu alguém acenando pedindo carona, era uma moça extremamente charmosa, claramente interessado nela ofereceu uma carona até a casa dela e saíram juntos. E o coveiro pedalou e pedalou durante meia hora mais sempre voltava para o portão do cemitério dando impressão que estavam andando em círculos. Quando já estava cansado a moça desceu e o coveiro já não entendia mais nada, quando a moça tocou em seus ombros chegou perto do seu ouvido e sussurrou "me dá meu anel". O coveiro assustado saiu pedalando o mais rápido que pode enquanto a moça rastejava em sua direção, ele desesperado não viu que havia um caminhão vindo em sua frente, deu de frente com ele e morreu na mesma hora. Dizem que eles brigam até hoje no limbo pelo anel e todos os dias vivem a mesma história como castigo de tanta ganancia. 


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